A renda mínima, defendida pelo senador Eduardo Suplicy, do PT, vai ao encontro do interesse de todos.
Se implementada a medida, seriam beneficiados: a) o contingente majoritário de pessoas que atualmente mal fazem parte parte da sociedade de consumo; b) empresas nacionais e internacionais pelo aumento de mercado para seus produtos ou serviços c) todos os grupos sócio-econômicos, devido à geração de novos empregos e ao maior crescimento da economia,impulsionada pela melhor distribuição de renda.
Todo o público, independentemente da rotulação política ser esquerda centro ou direita, acabaria por colher os benefícios da medida.
A precária distribuição de renda no Brasil -uma das piores do mundo- é o maior entrave ao crescimento econômico para benefício de todos.
De nada adianta aumentar a renda média, se não se cria e não se aumenta a renda do contingente majoritário dos menos favorecidos, para que possam ter 3 e não 1 refeição por dia, tomar ao menos 3 e não 1 cafezinho por dia, comprar 2 sapatos por ano e não 1 a cada 2 anos.
O principal gargalo ao maior crescimento do PIB está no gigantesco contingente de pessoas que não dispõe do poder aquisitivo para fazer parte dos mercados consumidores.
O crescimento de empresas e da economia dependem do crescimento de mercados através de políticas distributivas, como a renda mínima.
Quase todas as empresas de grande porte de bens e serviços, especialmente as que atuam internacionalmente, apresentam crescente participação em suas receitas de consumidores das faixas de menor poder aquisitivo, recém migrados do enorme grupo de excluídos.
Este é o caso de inúmeras companhias de enorme sucesso que comercializam mundialmente produtos ou serviços de consumo.
Dentre outros, podem-se citar como exemplos, a Nestlé, o Walmart, bancos comerciais diversos, o grupo indiano Tata (oferecendo o carro de preço mais baixo, no mundo), a Google e toda a gama de produtos manufaturados chineses, com consumo em expansão em todo o mundo, contribuindo para o crescimento consistente e excepcional do PIB desse país.
Não terminaram ainda, em muitos países e setores, os efeitos, inclusive em desemprego, da maior crise econômica mundial, desde 1929, cujo ápice parece ter ocorrido de finais de 2008 a inícios de 2009.
Essa crise tem provocado inéditos planos de socorro trilionários dos governos das maiores economias capitalistas do mundo, numa tentativa de salvar empresas de grande porte, com atuação multinacional, nos setores financeiro, de seguros, automobilístico, dentre outros. Isto, apesar da reconhecida contribuição de mau gerenciamento das empresas socorridas, para o ocorrido.
Milhões de empregos deixam de existir em todo o mundo diante de fusões e aquisições. Torna-se clara a impossibilidade cada vez maior de se proporcionar pleno emprego, quando em todos os setores ocorre aumento de produtividade, ou seja, requer-se cada vez menos gente para produzir cada vez mais.
Para esse quadro, contribuem: a)na agricultura:a evolução em tratamento de solo, mecanização,defensivos agrícolas,transformações genéticas; b)na indústria:a robotização e aumento de produtividade de maquinária em geral; c)no setor de serviços:a evolução em tecnologia de informação e tele-comunicações.
No cenário acima apresentado, tornam-se mais claramente injustificadas ainda as resistências à implantação de renda mínima.
Sobre esse tema,é bastante esclarecedora a carta,abaixo transcrita, do senador Eduardo Matarazzo Suplicy, publicada na Folha de São Paulo de 21/10/2009.
"Estranho Fernando de Barros e Silva (Opinião, 19/10) considerar a renda mínima um brinquedo. Em 8/11/97, a Folha trouxe o editorial "Renda mínima", onde conclamava o Brasil a considerá-la seriamente. O jornalista conhece a lei 10.835/ 2004, aprovada por todos os partidos no Congresso e sancionada pelo presidente Lula, que institui a Renda Básica de Cidadania para todos no Brasil. Diz a lei que a RBC será instituída por etapas, a critério do Poder Executivo, começando pelos mais necessitados, como faz o Bolsa Família. Os laureados com o Nobel de Economia James Edward Meade, James Tobin, Robert Solow e Jan Tinbergen estão entre os que recomendam fortemente a todos os países que adotem uma RB Incondicional. O professor Philippe Van Parijs, da Universidade de Harvard e da Universidade Católica de Louvain, considera que o maior avanço da humanidade no século 19 foi a abolição da escravatura, no século 20, o sufrágio universal e, no século 21, será a RBC. Sabrina Sato classificou-me de Super-Homem por defender a RBC. Fiquei feliz, sorri, o que faz bem. Admito: não deveria ter vestido o calção sobre o terno. Pedi aos responsáveis pelo "Pânico" para que não transmitissem a cena. Com respeito, me atenderam. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY , senador PT-SP (Brasília, DF)”
Se implementada a medida, seriam beneficiados: a) o contingente majoritário de pessoas que atualmente mal fazem parte parte da sociedade de consumo; b) empresas nacionais e internacionais pelo aumento de mercado para seus produtos ou serviços c) todos os grupos sócio-econômicos, devido à geração de novos empregos e ao maior crescimento da economia,impulsionada pela melhor distribuição de renda.
Todo o público, independentemente da rotulação política ser esquerda centro ou direita, acabaria por colher os benefícios da medida.
A precária distribuição de renda no Brasil -uma das piores do mundo- é o maior entrave ao crescimento econômico para benefício de todos.
De nada adianta aumentar a renda média, se não se cria e não se aumenta a renda do contingente majoritário dos menos favorecidos, para que possam ter 3 e não 1 refeição por dia, tomar ao menos 3 e não 1 cafezinho por dia, comprar 2 sapatos por ano e não 1 a cada 2 anos.
O principal gargalo ao maior crescimento do PIB está no gigantesco contingente de pessoas que não dispõe do poder aquisitivo para fazer parte dos mercados consumidores.
O crescimento de empresas e da economia dependem do crescimento de mercados através de políticas distributivas, como a renda mínima.
Quase todas as empresas de grande porte de bens e serviços, especialmente as que atuam internacionalmente, apresentam crescente participação em suas receitas de consumidores das faixas de menor poder aquisitivo, recém migrados do enorme grupo de excluídos.
Este é o caso de inúmeras companhias de enorme sucesso que comercializam mundialmente produtos ou serviços de consumo.
Dentre outros, podem-se citar como exemplos, a Nestlé, o Walmart, bancos comerciais diversos, o grupo indiano Tata (oferecendo o carro de preço mais baixo, no mundo), a Google e toda a gama de produtos manufaturados chineses, com consumo em expansão em todo o mundo, contribuindo para o crescimento consistente e excepcional do PIB desse país.
Não terminaram ainda, em muitos países e setores, os efeitos, inclusive em desemprego, da maior crise econômica mundial, desde 1929, cujo ápice parece ter ocorrido de finais de 2008 a inícios de 2009.
Essa crise tem provocado inéditos planos de socorro trilionários dos governos das maiores economias capitalistas do mundo, numa tentativa de salvar empresas de grande porte, com atuação multinacional, nos setores financeiro, de seguros, automobilístico, dentre outros. Isto, apesar da reconhecida contribuição de mau gerenciamento das empresas socorridas, para o ocorrido.
Milhões de empregos deixam de existir em todo o mundo diante de fusões e aquisições. Torna-se clara a impossibilidade cada vez maior de se proporcionar pleno emprego, quando em todos os setores ocorre aumento de produtividade, ou seja, requer-se cada vez menos gente para produzir cada vez mais.
Para esse quadro, contribuem: a)na agricultura:a evolução em tratamento de solo, mecanização,defensivos agrícolas,transformações genéticas; b)na indústria:a robotização e aumento de produtividade de maquinária em geral; c)no setor de serviços:a evolução em tecnologia de informação e tele-comunicações.
No cenário acima apresentado, tornam-se mais claramente injustificadas ainda as resistências à implantação de renda mínima.
Sobre esse tema,é bastante esclarecedora a carta,abaixo transcrita, do senador Eduardo Matarazzo Suplicy, publicada na Folha de São Paulo de 21/10/2009.
"Estranho Fernando de Barros e Silva (Opinião, 19/10) considerar a renda mínima um brinquedo. Em 8/11/97, a Folha trouxe o editorial "Renda mínima", onde conclamava o Brasil a considerá-la seriamente. O jornalista conhece a lei 10.835/ 2004, aprovada por todos os partidos no Congresso e sancionada pelo presidente Lula, que institui a Renda Básica de Cidadania para todos no Brasil. Diz a lei que a RBC será instituída por etapas, a critério do Poder Executivo, começando pelos mais necessitados, como faz o Bolsa Família. Os laureados com o Nobel de Economia James Edward Meade, James Tobin, Robert Solow e Jan Tinbergen estão entre os que recomendam fortemente a todos os países que adotem uma RB Incondicional. O professor Philippe Van Parijs, da Universidade de Harvard e da Universidade Católica de Louvain, considera que o maior avanço da humanidade no século 19 foi a abolição da escravatura, no século 20, o sufrágio universal e, no século 21, será a RBC. Sabrina Sato classificou-me de Super-Homem por defender a RBC. Fiquei feliz, sorri, o que faz bem. Admito: não deveria ter vestido o calção sobre o terno. Pedi aos responsáveis pelo "Pânico" para que não transmitissem a cena. Com respeito, me atenderam. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY , senador PT-SP (Brasília, DF)”
Caro Wlater, através deste seu artigo chequei ao seu blog e agora o estou seguindo.
ResponderExcluirSomos daqueles que defendemos a renda básica, mínima, icondicionalmente a todo ser humano, como uma herança pela fora de trabalho dos nossos antepassados.
Saudações
Obrigado, petheo, seu interesse e suas palavras representam um grande encorajamento. José Walter
ResponderExcluirPrezados, creio que só não defende a renda mínima, quem não a conhece. Após ler "Renda de cidadania " do Suplicy, para faciltar a minha compreensão,criei o seguinte quadro: Origináriamente, os mais simples animais nascidos neste planeta, dispõem de um território suficiente para sua alimentação e perpetuação. No caso dos humanos (animais mais evoluidos,o mesmo deveria se verificar. Porem, alguns antepassados nossos, delimitaram para si(em muitos casos expulsando os que lá já viviam,territórios capazes de alimentar milhares de pessoas, foram ate um escritório e registraram um papel, onde se lia que aquela parte do planeta lhe pertencia. As autoridades recolheram as taxas e impostos e concordaram com esse absurdo. Então se um único indivíduo, pretende em seu empreendimento plantar soja em dois mil alqueires de terra, deveria prever em meus custos, uma pequena taxa para no mínimo fornecer a alimentação dos seres humanos que ali poderiam viver (mesmo que na forma mais rudimentar, sem qualquer atividade econômica,ou trabalho, apenas valendo-se de ervas espontâneas, se assim desejasem). Assim, poderia nosso sojicultor sentir-se um empreendedor pleno e não carregar o estigma da usurpação.
ResponderExcluirAbraço
Fernando Luiz da Silva
Muito obrigado, sr. Fernando Luiz, pelo comentário inteligente e enriquecedor.
ResponderExcluirJosé Walter